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Nota de Repúdio – Fim da farmácia clinica e os interesses empresarias do clã Bolsonaro

Quando a família Bolsonaro não apresentou uma proposta sequer durante a campanha política que levou ao poder o Presidente Jair Bolsonaro e seu clã, era porque sua capacidade de destruição não cabia em programas de governo.

O senador Flávio Bolsonaro protocolou, no último dia 13 de junho, projeto que visa alterar a lei 5.991/73 para permitir a dispensação de medicamentos em todos os estabelecimentos comerciais!

Dois objetivos são claros na justificação dada pelo parlamentar no texto: atender as demandas de crescimento do setor Supermercadista e acabar com a profissão farmacêutica!

Quando o Sindicato dos Farmacêutico do Ceará se posicionou a favor dos trabalhadores farmacêuticos – contra o atual Governo – era prevendo que a condução era pautada nas demandas dos empresários, levando a derrocada dos direitos da nossa categoria (diminuição do espaço de trabalho, vulgarização da nossa profissão e mercantilização da Saúde).

Atender as demandas de crescimento do setor Supermercadista:

Em trecho, Flávio argumenta: “Não resta dúvida de que a liberação da venda de medicamentos em outros estabelecimentos, além das farmácias, vai melhorar sobremaneira o acesso da população a esses produtos. Isso ocorrerá não apenas pela redução dos preços proporcionada pela concorrência no setor, mas também pela maior disponibilidade física decorrente da multiplicação dos pontos de venda.”

Defendemos, ao longo de todos esses anos, que somos SAÚDE! Fazemos SAÚDE! Não é possível dar acesso livre e indiscriminado, em ambientes impróprios, estimulando ao automedicação, se já se sabe ser grave problema.

Até 10 milhões de pessoas podem morrer por ano, até 2050, em todo o mundo, por ingerir, sem prescrição médica. Os dados estão no relatório divulgado em abril desse ano por entidades ligadas à Organização das Nações Unidas (ONU).

No Brasil, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) entre 40% e 60% das doenças infecciosas já são resistentes a medicamentos. Atualmente, pelo menos 700 mil pessoas morrem todos os anos devido a doenças resistentes a medicamentos, incluindo 230 mil por tuberculose multirresistente.

Só ganha o empresário!

Em seu segundo objetivo, acabar com a profissão farmacêutica: não há exercício profissional, fora do estabelecimento de Saúde.

Só ganha o empresário!

Assim, repudiamos o avanço e agressão contra a nossa classe! Precisamos nos unir! Vamos resistir! O momento é de coesão e não mais separação!

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