Era bem isso, era exatamente dessa forma, que imaginávamos – quando alertávamos – desde o começo da tomada do poder pelo atual governo – das intenções reais dos empresários e dos seus “funcionários”, os parlamentares.
Aos sindicatos sempre coube a “fama” de conspiradores e exagerados. Comprova-se, hoje, infelizmente, que não estávamos errados.
A atual Portaria do Trabalho Escravo é o estágio acima – como uma consequência “natural” – à aprovação da Reforma Trabalhista; e não para por aí. A lógica é avançar, mais e mais, sempre mais, todo dia um novo degrau rumo ao topo!
Não tenhamos ilusões!
O trabalhador, faz percurso contrário. Desce, compassivo, diariamente, degrau abaixo.
Muitos devem se perguntar em que afeta a nós, Farmacêuticos, essas mudanças. Ora, em tudo!
Somos uma sociedade, vivemos em contínuas relações sociais, interdependentes; somos parte de uma cadeia complexa; estamos engendrados. É questão de tempo – se permitirmos, claro – mudanças em nosso exercício profissional.
A Reforma Trabalhista – e agora a nova Portaria do Trabalho Escravo – nos coloca em grave declínio como organismo social e atinge a todos nós, como seres humanos!
Nos preocupa confirmar que a sede do mercado, do empresariado, das empresas e corporações é insaciável; não ver limites ou entende de humanidade.
Defendemos, desde a nossa fundação, e recentemente mais do nunca, a necessidade de coesão na luta. Sejamos pragmáticos: ou vamos pra cima ou desceremos degraus, cada dia um pouco mais.
Alertamos, ainda, para as iniciativas veladas contra a nossa classe, em favor dos empresários. Eles têm o poderio econômico e nós temos a união. Esse é o momento!
Repudiamos a Portaria do Trabalho Escravo, que flexibiliza a fiscalização, muda os aspectos de configuração do crime e impede a divulgação, em lista, das empresas que maltratam seres humanos, os escravizando.
Seguiremos na luta! Nunca desistiremos!
Força!
Sindicato dos Farmacêuticos do Ceará
#foratemer #naoaotrabalhoescravo